No texto, os autores observam que há vários tratamentos atualmente disponíveis para melhorar a saúde óssea, mas alguns causam efeitos colaterais desagradáveis. Isso leva à procura de terapias alternativas para osteoporose e perda óssea, como o uso de probióticos, que podem ser bactérias benéficas para o organismo inseridas em alimentos, como os iogurtes.
Apesar de não haver uma explicação definitiva de como o probiótico atua no organismo, uma das hipóteses é apontada no artigo: Envolve o sistema imunológico, que possui células e substâncias que defendem o corpo contra invasores perigosos. Às vezes, porém, o sistema imune pode estar um pouco ativo demais, causando problemas. Algumas substâncias produzidas pelas células de defesa podem aumentar o número e a atividade dos osteoclastos (células ósseas que digerem o tecido ósseo) , explicam os autores. Portanto, se o sistema imunológico estiver muito ativo por muito tempo, muitos ossos podem ser quebrados. Os probióticos podem ajustar esse tipo de reação imunológica desequilibrada, restabelecendo-a em um nível normal, o que pode diminuir a atividade excessiva dos osteoclastos, protegendo os ossos.
O artigo também pontua que os probióticos podem reduzir a permeabilidade intestinal, diminuir a hiperativação do sistema imunológico que pode levar à perda óssea e aumentar a absorção e produção de nutrientes .
O tema abordado no texto está relacionado à pesquisa de iniciação científica realizada por Battistelli com apoio da Fapesp e orientação de Ana Lia Anbinder, professora do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também autora do artigo. O estudo avalia os efeitos da bactéria Limosilactobacillus reuteri associada à vitamina K2 na proteção contra a perda óssea induzida por ovariectomia em camundongos fêmeas.
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