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Povos Indígenas em SP: Avanços, Reconhecimento e Protagonismo

Por Cristiano Kiririndju, coordenador de Políticas para os Povos Indígenas do Estado de São Paulo

22/04/2025
Foto ilustrativa

Assumi, com orgulho e grande responsabilidade, a Coordenação de Políticas para os Povos Indígenas do Estado de São Paulo. Essa coordenadoria, criada pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo secretário da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto, representa um marco histórico para nós, povos originários. É o reconhecimento da nossa presença milenar neste território e da força da nossa cultura, da nossa luta e da nossa identidade.

Hoje, somos cerca de 50 mil indígenas vivendo em São Paulo, distribuídos em 37 territórios e 99 aldeias. Aproximadamente 7 mil de nós vive em territórios oficialmente reconhecidos. Somos Tupi Guarani, Guarani, Terena, Kaingang, Krenak, entre outros povos, que mantêm vivas suas tradições e contribuem, diariamente, para a construção de um Estado mais justo, plural e sustentável.

Nos últimos dois anos, percorri diversas regiões do estado e estive presencialmente em 25 aldeias. Em cada uma, fui recebido com a generosidade de quem preserva a ancestralidade e compartilha sonhos. Escutei lideranças, ouvi demandas, compreendi as urgências. Essa escuta ativa se transformou em ações concretas e políticas públicas comprometidas com o fortalecimento da cidadania indígena, com respeito, dignidade e protagonismo.

Uma das grandes conquistas desse período foi a ampliação do programa Guardiões da Floresta, da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, que entrou em sua segunda fase e passou a atuar também nas Terras Indígenas Piaçaguera (Peruíbe), Serra do Itatins (Itariri) e Amba Porá (Miracatu), além de Araribá (Avaí) e Boa Vista (Ubatuba). O programa é estruturado em três pilares: o monitoramento ambiental, a recuperação de áreas degradadas e a promoção do turismo de base comunitária. Trata-se de uma união poderosa entre tradição e sustentabilidade, valorizando o conhecimento ancestral e a proteção do meio ambiente.

Na área da educação, articulamos com a UNIFESP a criação da Licenciatura Intercultural Indígena – LINDI, uma importante iniciativa para a formação de educadores indígenas. Também concluímos o projeto da nova sede da Escola Estadual Djekupe Amba Arandy, localizada no Jaraguá, e o Estado contratou obras de construção e reforma de escolas na Terra Indígena Araribá, promovendo espaços de aprendizagem que respeitam a nossa identidade e os nossos saberes.

Internacionalmente, tive a honra de representar o Estado de São Paulo no Congresso Internacional de Americanistas, com passagens pela República Tcheca, Áustria e Itália. Nessas oportunidades, compartilhei nossa realidade e conquistas com o mundo, abrindo diálogos com entidades que agora estudam apoiar projetos voltados às nossas comunidades. Também recepcionamos, com alegria, a comitiva da cidade de Homberg, da Alemanha, com quem iniciamos tratativas para um intercâmbio cultural e turístico com os povos indígenas de São Paulo.

Firmamos parcerias estratégicas com órgãos como a SABESP, a Fundação Florestal, a Secretaria de Segurança Pública, a FUNAI, o FDE, a CDHU, a Rede Rua e os Centros de Integração da Cidadania (CICs). Além disso, iniciamos diálogos com o Consulado do Paraguai para valorizar e fortalecer o ensino e a preservação do idioma Guarani no estado.

Neste mês de abril, que simboliza a resistência e a valorização dos povos indígenas em todo o Brasil, terei a honra de participar, no dia 24, de um ato especial na nova sede da Secretaria da Justiça e Cidadania, no Palácio dos Campos Elíseos, que celebrará o nosso protagonismo histórico. Mais do que uma data simbólica, abril será a reafirmação de que estamos vivos, atuantes e fundamentais para o presente e o futuro de São Paulo.

Seguimos com coragem, honra e determinação. Temos o apoio institucional da Secretaria da Justiça e Cidadania e o compromisso de um governo que tem se mostrado aberto ao diálogo e disposto a agir. Continuarei promovendo políticas públicas que honrem nossos ancestrais, valorizem nossa cultura e assegurem dignidade às próximas gerações.

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Povos Indígenas em SP: Avanços, Reconhecimento e Protagonismo

Por Cristiano Kiririndju, coordenador de Políticas para os Povos Indígenas do Estado de São Paulo

22/04/2025
Foto ilustrativa

Assumi, com orgulho e grande responsabilidade, a Coordenação de Políticas para os Povos Indígenas do Estado de São Paulo. Essa coordenadoria, criada pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo secretário da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto, representa um marco histórico para nós, povos originários. É o reconhecimento da nossa presença milenar neste território e da força da nossa cultura, da nossa luta e da nossa identidade.

Hoje, somos cerca de 50 mil indígenas vivendo em São Paulo, distribuídos em 37 territórios e 99 aldeias. Aproximadamente 7 mil de nós vive em territórios oficialmente reconhecidos. Somos Tupi Guarani, Guarani, Terena, Kaingang, Krenak, entre outros povos, que mantêm vivas suas tradições e contribuem, diariamente, para a construção de um Estado mais justo, plural e sustentável.

Nos últimos dois anos, percorri diversas regiões do estado e estive presencialmente em 25 aldeias. Em cada uma, fui recebido com a generosidade de quem preserva a ancestralidade e compartilha sonhos. Escutei lideranças, ouvi demandas, compreendi as urgências. Essa escuta ativa se transformou em ações concretas e políticas públicas comprometidas com o fortalecimento da cidadania indígena, com respeito, dignidade e protagonismo.

Uma das grandes conquistas desse período foi a ampliação do programa Guardiões da Floresta, da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, que entrou em sua segunda fase e passou a atuar também nas Terras Indígenas Piaçaguera (Peruíbe), Serra do Itatins (Itariri) e Amba Porá (Miracatu), além de Araribá (Avaí) e Boa Vista (Ubatuba). O programa é estruturado em três pilares: o monitoramento ambiental, a recuperação de áreas degradadas e a promoção do turismo de base comunitária. Trata-se de uma união poderosa entre tradição e sustentabilidade, valorizando o conhecimento ancestral e a proteção do meio ambiente.

Na área da educação, articulamos com a UNIFESP a criação da Licenciatura Intercultural Indígena – LINDI, uma importante iniciativa para a formação de educadores indígenas. Também concluímos o projeto da nova sede da Escola Estadual Djekupe Amba Arandy, localizada no Jaraguá, e o Estado contratou obras de construção e reforma de escolas na Terra Indígena Araribá, promovendo espaços de aprendizagem que respeitam a nossa identidade e os nossos saberes.

Internacionalmente, tive a honra de representar o Estado de São Paulo no Congresso Internacional de Americanistas, com passagens pela República Tcheca, Áustria e Itália. Nessas oportunidades, compartilhei nossa realidade e conquistas com o mundo, abrindo diálogos com entidades que agora estudam apoiar projetos voltados às nossas comunidades. Também recepcionamos, com alegria, a comitiva da cidade de Homberg, da Alemanha, com quem iniciamos tratativas para um intercâmbio cultural e turístico com os povos indígenas de São Paulo.

Firmamos parcerias estratégicas com órgãos como a SABESP, a Fundação Florestal, a Secretaria de Segurança Pública, a FUNAI, o FDE, a CDHU, a Rede Rua e os Centros de Integração da Cidadania (CICs). Além disso, iniciamos diálogos com o Consulado do Paraguai para valorizar e fortalecer o ensino e a preservação do idioma Guarani no estado.

Neste mês de abril, que simboliza a resistência e a valorização dos povos indígenas em todo o Brasil, terei a honra de participar, no dia 24, de um ato especial na nova sede da Secretaria da Justiça e Cidadania, no Palácio dos Campos Elíseos, que celebrará o nosso protagonismo histórico. Mais do que uma data simbólica, abril será a reafirmação de que estamos vivos, atuantes e fundamentais para o presente e o futuro de São Paulo.

Seguimos com coragem, honra e determinação. Temos o apoio institucional da Secretaria da Justiça e Cidadania e o compromisso de um governo que tem se mostrado aberto ao diálogo e disposto a agir. Continuarei promovendo políticas públicas que honrem nossos ancestrais, valorizem nossa cultura e assegurem dignidade às próximas gerações.

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