Em meio à campanha do Setembro Amarelo, dedicada à conscientização e prevenção do suicídio, a saúde mental ganha destaque na Secretaria de Políticas para a Mulher, que promoveu o evento “São Paulo por Todas no Setembro Amarelo”, abordando as questões emocionais e psicológicas que afetam de maneira única as mulheres, por conta de pressões sociais, responsabilidades familiares e discriminação de gênero.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres têm maior probabilidade de desenvolver quadros depressivos em comparação aos homens, sendo a busca por suporte fundamental. A sobrecarga emocional vivida por mulheres, que frequentemente acumulam múltiplos papéis, contribui para o aumento dos índices de ansiedade e depressão.
“Durante o Setembro Amarelo, é reforçada a importância do diálogo aberto sobre saúde mental, especialmente no contexto feminino. Queremos encorajar as mulheres a buscarem ajuda profissional, além de promover o autocuidado e a formação de redes de apoio”, afirma Valéria Bolsonaro, secretária de Políticas para a Mulher do Governo do Estado de São Paulo.
O evento contou com a palestra da coordenadora de saúde mental da Secretaria de Saúde, Dra. Maria Alice Scardoelli. “Falar abertamente sobre o suicídio e a saúde mental feminina é fundamental para quebrar tabus e incentivar que mulheres procurem ajuda, criando redes de apoio que salvam vidas e promovem o cuidado com o bem-estar emocional”, afirmou a especialista.
A neurocientista Dra. Erica Belon também palestrou no evento. “Cuidar da autoestima é essencial para prevenir quadros de ansiedade e depressão, pois valorizar a si mesmo fortalece a saúde mental e ajuda a enfrentar os desafios da vida com mais resiliência e autoconfiança”, discorreu a profissional.
Rede de apoio estadual
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), de janeiro a julho deste ano, foram realizados 132.414 atendimentos ambulatoriais por ansiedade e depressão em todo o estado, desses, 95.176 atendimentos foram de mulheres. Já sobre as internações relacionadas à saúde mental, foram realizadas 8.209 no estado de São Paulo, sendo 5.466 de mulheres.
O Governo oferece diferentes espaços para que a mulher busque ajuda. A Casa da Mulher Paulista é um deles. O equipamento é dedicado à proteção, ao acolhimento, à capacitação e à orientação das mulheres – e conta com atendimento psicológico. Confira no Portal da Paulista (https://www.portaldamulherpaulista.sp.gov.br/) os endereços.
As mulheres podem também buscar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de seu município. Ambos são equipamentos que funcionam como uma unidade básica do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. As iniciativas reafirmam o compromisso do Governo do Estado de São Paulo em implementar políticas públicas eficazes que garantam o bem-estar das mulheres.